A espera...
Após minha participação no Iron Biker, sabíamos que ainda tinham algumas etapas a serem vencidas, e como eu ainda estava em tratamento, o nervosismo me dominava diversas vezes, pois a possibilidade da recidiva tava ali, aquele câncer poderia ter sumido do meu corpo, mas também poderia ter crescido novamente e isso me assustava muito.
(Reportagem da revista do Iron Biker)
E o nervosismo me dominou até o início de 2023, quando fiz um pet-scan para saber como o tumor havia reagido às quimioterapias... Em março de 2023, veio então uma notícia. Após pegar o resultado do pet-scan e ler o laudo, vimos a seguinte informação:
"Desaparecimento da linfonodomegalia hipermetabólica paracardíaca à direita"
E isso tinha um significado MUITO importante: o tumor havia desaparecido de meu corpo. Aquilo nos aliviou tanto, mas ainda faltava passar pelas consultas de acompanhamento para enfim consolidarem a minha remissão.
Essa tão esperada consulta veio acontecer em Junho de 2023 e nos trouxe a informação que tanto desejávamos: a remissão chegou! Mas ainda faltava uma parte importante desse tratamento:
O transplante autólogo de medula. Então, o plano agora era: eu iria internar novamente, ficar no setor de Transplante de Medula, fazer a coleta das células da minha medula e após isso, seria marcada uma data para eu internar novamente e, por fim, fazer o transplante.
Esse procedimento levaria em torno de 20 dias, talvez mais, pois eles iriam me dar uma quimioterapia que mataria todas as células ruins, mas também afetaria as células boas do meu corpo, e também iria afetar a minha medula. Então, após isso, eles iniciariam as medicações para enfim fazer o transplante, onde eles iriam reinserir em meu corpo, a medula e após isso, iriam monitorar para saber como eu reagiria. Por ser um transplante autólogo (feito de mim pra mim mesmo) as chances de haver rejeição eram beeem baixas e as taxas de recidiva após esse transplante são extremamente baixas também.
"Então vamos nessa", pensei. Porque afinal, já havia passado por coisas muito piores até chegar àquele momento. Saber que isso iria contribuir para consolidar ainda mais a minha remissão, fortalecendo assim, a possibilidade de declarar a minha cura, me deixava extremamente confiante, mas também me deixava nervoso pois o transplante seria um reset no meu corpo. Minha imunidade ficaria comprometida, e muitos outros cuidados precisariam ser tomados. Mas se era esse o caminho para a cura... Vamos nessa!
(Continua)
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